25 de agosto de 2011

Tintas Para Impressão Flexográfica - Parte 5

Depois dos 4 primeiros artigos sobre tintas para impressão flexográfica e muita teoria, vamos expor algumas soluções para os problemas que mais comumente ocorrem no ambiente de formulação ou impressão. Sinta-se à vontade para comentar os tópicos e nos enviar soluções diferentes que você encontrou com sua própria experiência para adicionarmos e compartilharmos no artigo.

Problemas mais comuns e como resolvê-los

1- Inchamento do clichê durante a impressão. Causa: uso de solvente inadequado, que pode atacar o clichê, causando um aumento em sua espessura. Solução: utilizar um balanceamento de solventes correto.

2- Tonalidade Incorreta. Causa: os tópicos citados anteriormente afetam a tonalidade. Porém, se os mesmos estão controlados e a intensidade da tinta está diferente do padrão, o problema está sendo causado pela concentração do pigmento. Solução: Caso a tinta apresente uma intensidade mais forte em relação ao padrão, podemos adicionar laca de corte, que diminui a intensidade sem alterar a viscosidade. No caso da tinta apresentar uma intensidade mais fraca, é necessária a presença do fornecedor para a correção da mesma.

3 – Secagem Acelerada. Causa: uma secagem acelerada afeta a transferência da tinta, pois a mesma seca antes de ser transferida para o suporte. Solução: Uso de solventes retardadores, evitar movimentação de ar, utilizar refrigeração e se possível aumentar a velocidade.

4 – Secagem Lenta. Causa: A secagem lenta da tinta pode provocar o decalque e em casos extremos o Blocking e o arrancamento pelas cores subsequentes. Pode ser causada pelo uso de solventes lentos, viscosidade alta e secagem inadequada de estufa ou entre cores. Solução: Uso de solventes aceleradores ou laca secativa, verificar viscosidade de trabalho e também a eficiência das unidades de secagem.

5 – Viscosidade. Causa: Durante o processo, a viscosidade de tinta se altera pela evaporação do solvente e pela agitação do sistema, alterando a tonalidade na impressão. Solução: A leitura e o acerto da viscosidade com solventes adequados periodicamente. É necessário também, a adição de tinta pura, pois a adição constante de solvente afeta diretamente as características da tinta.

6 – Empastamento. Causa: utilização de solventes higroscópicos, ou seja, que absorvem água do ar, altera a viscosidade da tinta. O mesmo problema pode ocorrer quando adicionamos solventes contaminados. Solução: Manter recobertos os recipientes de tinta, latas, tinteiros e usar solventes adequados.

7 – Odor. Causa: quando temos uma secagem excessiva onde a película seca superficialmente, ou um solvente muito retardado ou ainda com uma afinidade muito grande com a resina, temos a retenção do solvente que provoca o odor na embalagem. Solução: Verificar a secagem e utilizar solventes adequados.

Estocagem das tintas

Aconselha-se, por motivos de segurança, um local separado da impressão, de preferência uma construção desligada das outras edificações, com uma ventilação adequada. Porém, o fato mais importante à ser observado é a realização do rodízio, que consiste em armonizar as tintas de lotes recentes das tintas de lotes antigos, o que assegura a utilização da tinta pela ordem de entrega. Isso contribui para que não tenhamos o vencimento da validade da tinta.

Outro fator importante é a organização quanto às tonalidades e linhas das tintas, pois isso diminui o tempo para procura e contagem dos estoques.

Manipulando uma tinta pela primeira vez

O primeiro procedimento à ser realizado é a confirmação de que a tinta está correta quanto à tonalidade e a sua utilização. É importante também a anotação do lote, que pode contribuir para a análise de problemas, caso venham à ocorrer. O segundo passo e não menos importante, é a agitação satisfatória da tinta, que assegura a homogeneidade da mistura de resina e pigmentos, que podem estar decantados.

A leitura da viscosidade inicial é importante, para que se tenha a noção da quantidade de solvente à ser adicionado na tinta. Não é aconselhável atingir a viscosidade de impressão logo no início, pois é possível que seja necessária a adição de retardadores ou aceleradores para acerto da secagem. Após o uso, deve ser feita uma nova identificação na embalagem da tinta, contendo informações como viscosidade final, a máquina onde foi utilizada, a data. São dados importantes para reutilização da tinta.

Reutilização da tinta

Da mesma maneira como se fosse uma tinta não utilizada, com a diferença de verificar se as informações estão corretas, como viscosidade, e se possível uma filtração para eliminar sujeiras ou elementos estranhos vindos de desgastes de material da impressão interior. Convém lembrar que uma tinta estocada que tenha sido diluída, possui um poder de perder sua força mais rapidamente que uma tinta estocada pura. Principalmente se nela tenha sido adicionado retardadores. Sugerimos reutilizar estas tintas num curto espaço de tempo. Aconselha-se também em alguns casos um consumo de 15 a 20% em tintas novas.

Referências Bibliográficas (partes 1 à 5):

Noções gerais sobre tintas Flexográficas – Tintas Supercor S/A

SCARPETA, Eudes: Flexografia – Manual Prático. 2007. Bloco de Comunicação.

3 comentários:

  1. Preciso de um profissional Gerente Geral ( Conversao)

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  2. Olá. Seria melhor se você postasse junto com o comentário, alguma informação para contato, para que os leitores/candidatos possam entrar em contato com você ou sua empresa. Obrigado por acompanhar o blog, e bons negócios.

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  3. parabens! como ja disse estou comessando como colorista flexografico essas informaçÕes são muito uteis
    obrigado.

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